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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O ARMÊNIO ZORI BALAYAN veleja por rios e oceanos com saveiro de um só mastro

Zori Balayan é escritor, ensaísta, médico, viajante. É autor de mais de setenta livros, entre novelas, contos, jornalismo de arte, ensaios e esboços filosóficos. Nos barcos construídos por ele, junto com dois companheiros, tem navegado do Pacífico ao Atlântico, passando por muitos rios, mares e lagos da Europa e da Ásia. No veleiro, construído por sua equipe, com uma pequena tripulação ele navegou por todos os mares ao redor da Europa. Encabeça, atualmente, uma expedição que circunavega o globo terrestre com um saveiro de um único mastro.

O veleiro de nome “Armênia” é o segundo a navegar por mares e oceanos. O primeiro veleiro foi o “Cilícia”, nome do Reino Armênio de Cilícia, na era medieval. Com este a tripulação viajou por sete mares e o Golfo de Biscaia no Oceano Atlântico, circundando a Europa pela primeira vez no mundo pelos mares Negro, Marmará, Mediterrâneo, oceano Atlântico, os mares do Norte e do Báltico, rios interiores, lagos e canais da Rússia, o mar de Azov e novamente o mar Negro. Deste modo, o barco “Cilícia” completou seu círculo ao redor da Europa pela primeira vez no mundo por cursos marítimos e hidrovias.

Como regra, cada viagem de Zori Balayan tem se revertido num livro. Meses de transições em trenós puxados por cachorros através da tundra do Extremo Norte ao Oceano Ártico culminaram em diversos volumes.
Homem público e político, Zori Balayan foi eleito para o cargo de Deputado do Povo no último Parlamento Soviético. Foi um dos promotores mais ativos da luta de libertação nacional para a reunificação da região histórica de Karabagh com a República da Armênia. Existem muitos trabalhos e ensaios escritos sobre Zori Balayan.

A expedição atual chama-se “Mesrop Machdots”, nome do inventor do alfabeto armênio. Graças a esse alfabeto, os armênios espalhados pelo mundo – vítimas de numerosas invasões bárbaras, violências e o Genocídio – foram capazes de preservar a sua língua, cultura e religião. Não é uma coincidência, portanto, que com o passar de muitos séculos e nos cinco continentes, os armênios tenham construído suas Igrejas Cristãs absorvendo a cultura dos povos que lhes hospedaram, porém sem perder a sua identidade nacional. Desde os tempos remotos, este povo que esteve no exílio deduziu sua fórmula de salvaguarda: “O preço do amor é o amor próprio”. O mesmo também tem ocorrido com o povo do Brasil.

A missão mais importante da expedição “São Mesrop Machdots” é a de visitar todos os países onde existem coletividades armênias organizadas, com suas igrejas, escolas, instituições culturais e demais organizações, a fim de convencer o mundo de que apenas com a unificação da cultura universal será possível salvar o mundo da xenofobia e da intolerância ao alheio.

O exemplo disso pode ser também, a vida da comunidade armênia radicada no Brasil, aonde os primeiros armênios chegaram em fins do século 19 e início do século 20. Relatos diários sobre a vida e estilo de vida dos armênios ao redor do mundo têm sido divulgados do barco “Armênia” via Internet, manifestando sincera gratidão aos povos com que os armênios compartilham alegrias e tristezas.

Conheça a opinião de personalidades de destaque:

"...Zori Balayan é um dos iniciadores do movimento de Karabagh; dele provém a brisa de Karabagh e o amor à pátria”. Andrei Sakharov

“... Quero beijar a testa do Zori por nos ensinar como devemos amar a pátria”. Vazken I – Catholicós de Todos os Armênios