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sábado, 29 de outubro de 2016

Governo paulista estuda tirar empresas envolvidas na Lava Jato de obra do metrô

O governo de São Paulo estuda tirar a construção da Linha 6 Laranja do Metrô da responsabilidade de empreiteiras envolvidas na Operação Laja Jato. As obras do ramal que deverá ligar a zona norte da capital paulista, começando em Brasilândia, até a região central, chegando na Liberdade, estão atrasadas. Originalmente, a previsão para a conclusão do projeto, iniciado no ano passado era 2020, prazo revisto para pelo menos 2021.

"Estamos vendo se a obra pode ser vendida. Se o consórcio pode ser vendido. Outras soluções para que a gente possa retomar essa obra importante", disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Os problemas começaram, segundo o governo estadual, pelo atraso na liberação do financiamento da Caixa Econômica Federal para fazer as desapropriações. Essa etapa está, agora, 90% concluída, de acordo com o secretário. Porém, as empreiteiras que fazem parte da Parceria Público Privada (PPP) não estão conseguindo financiamento devido às acusações de envolvimento nos casos de corrupção investigados pela Lava Jato.

"Temos a crise da Lava Jato", ressaltou Pelissioni ao enumerar os problemas que dificultam a conclusão das obras durante seminário sobre mobilidade urbana promovido pela revista Carta Capital. "Temos uma PPP muito inteligente que é a Linha 6 do Metrô, a linha das universidades, vai da zona norte até São Joaquim, passando por mais de dez universidades. Infelizmente, as empresas não estão conseguindo financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] por questões reputacionais, como diz o BNDES."

Participam do consórcio Move São Paulo a Odebrecht, com 19,6% do controle acionário; a Queiroz Galvão, com também 19,6%; e a UTC, com 13,1%. O Fundo de Investimentos e Participações Eco Realty têm 47,7% da concessionária responsável pelas obras.

Sobre a Linha 4 Amarela, que também está com a entrega atrasada em quatro estações, Pelissioni disse que parte das obras pendentes deve ser concluída no fim do ano que vem. "Temos um cronograma de até dezembro de 2017 entregar [as estações] Mackenzie-Higienópolis e Oscar Freire, que estão aqui na região central. Morumbi, em 2018, e Vila Sônia, em 2019", disse.

Em julho de 2015, o governo de São Paulo rompeu o contrato com o consórcio Isolux Corsan-Corviam por não cumprir os prazos estabelecidos nos temos assinados em 2012 e por abandonar as obras. Após nova licitação, foi firmado um novo contrato com o consórcio formado pelas empresas Tiisa Infraestrutura e Investimentos S/A e Comsa S/A.

"Contratamos em julho deste ano um novo consórcio e em agosto as obras foram retomadas. Temos a informação de que há cerca de 400 funcionários trabalhando lá", acrescentou Pelissioni sobre o ritmo dos trabalhos.


Tarifa
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, prometeu manter ao longo do próximo ano as tarifas do ônibus urbano da capital em R$ 3,8. O secretário estadual de Transportes evitou dizer se o mesmo será feito com as passagens do metrô e dos trens metropolitanos, atualmente com o mesmo valor. "Nós costumamos avaliar a questão da tarifa em janeiro. Então, até lá, pretendemos analisar muito bem a questão. Essa questão da tarifa, alguém paga: ou usuário paga, ou o contribuinte paga", disse.

Outro lado
A Move São Paulo informou que cumpriu todas as obrigações previstas no contrato de concessão da Linha 6 e que a implantação da obra já avançou em 15%. A suspensão das atividades, segundo a empresa, se deveu a fatores alheios ao domínio da concessionária, como a deterioração da economia, os atrasos na liberação de áreas públicas por parte do poder concedente e mudanças nas exigências do BNDES. "Trabalhamos para retomada do projeto, tão logo seja obtido o financiamento de longo prazo e aprovado o reequilíbrio do contrato de concessão", disse o grupo, em nota.

Agência Brasil

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Em novembro, contas de luz terão acréscimo de R$ 1,5 a cada 100 kWh consumidos

Definição das bandeiras tarifárias depende de número de termelétricas acionadas para produção de energia no país                                                  Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz no mês de novembro será a amarela, com custo de R$ 1,5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida se deve às condições hidrológicas menos favoráveis, o que
determinou o acionamento de usina termelétricas, mais caras.

Desde abril deste ano, a bandeira tarifária estava verde, ou seja, não havia custo extra para os consumidores. No ano passado, todos os meses tiveram bandeira vermelha, primeiramente com cobrança adicional de R$ 4,5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e, depois, com a bandeira vermelha patamar 1, que significa acréscimo de R$ 3 a cada 100 kWh.

O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado em janeiro de 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, mai cara do que a energia de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia elétrica em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país.

Cobrança
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência considera que a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-10/em-novembro-contas-de-luz-terao-acrescimo-de-r-15-cada-100-kwh-consumidos

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"E agora, quem poderá intervir?" - Publicado no jornal Correio do Estado

Boa pergunta! É claro que a resposta não poderia ser o “Chapolin Colorado”. Mas será que não? Ops! Brincadeirinha. Mas, brincadeira à parte, talvez até pudesse mesmo ser o Chapolin Colorado, porque até agora nada aconteceu, e quem sabe a única saída seja mesmo mais um capítulo do seriado de comédia na TV.

Analisem com calma e verifiquem quem já foi punido pra valer pelos erros cometidos em relação aos vultosos desvios de dinheiro; ao descaso para com a população frente ao setor da saúde, segurança e trabalho; aos danos ambientais causados pelo rompimento das barragens da Mineradora Samarco, e por aí vai. E o dinheiro desviado já foi devolvido na sua totalidade aos cofres do Brasil?

A sociedade brasileira já está saturada de notícias, informação, detenção e soltura de políticos; manobras políticas para esconder a verdade e quando descoberta ser maquiada de outra forma para extinguir punição dos amigos e assim por diante. “Amigos” até certo ponto, porque na hora em que o ponto virar vírgula e a verdade aparecer, os “amigos” estão entregando os supostos “amigos” e ponto, sem vírgula. Hummmm!

Aí o que era verdade passa a ser mentira e o que era mentira passa a ser verdade. O que é verdade mesmo é a elevação do IPTU, IPVA, juros bancários, material escolar, mensalidades de Escola, combustível, alimentos, isso é verdade e não dá pra mascarar porque cada brasileiro convive diariamente com essa questão. Essa ninguém pode maquiar.

Desvios de dinheiro, obras inacabadas, ruas esburacadas, merenda escolar de baixa qualidade, comércio com baixo rendimento, poupança com juros baixos, desemprego com alto índice, mais uma vez é verdade acompanhada de vírgula e reticências, porque ninguém sabe o que vai acontecer.
E aí mais uma vez fica a pergunta no ar: “Quem poderá intervir?”. Mais dinheiro pra minoria e menos emprego para o trabalhador; mais privilégios para a classe política, menos poder de compra para a classe trabalhadora; mais dinheiro do povo para os impostos, menos dívidas para os governantes; até quando?

E no cenário de troca, troca, sai presidente, entra vice, sai ministro, entra outro, prende um, solta outro, o Brasil está vivendo momentos de incertezas e confusão. A verdade dos fatos está à mercê de quem sabe mais e nas mãos de quem fala menos. Ugh!

Ninguém encontrou ainda uma alternativa para essa fúria incontrolada de dívidas que assola o país e que encontra no dinheiro da população sofrida e no aumento dos impostos a “saída” para os seus desmandos financeiros. Está demais essa “saída”, é hora de fechar a porta.
E assim vai se desenhando o rumo de uma nação sem rumo! Um país rico por natureza, forte em sua grandeza, mas fraco para resolver esse turbilhão de corrupção que engasga o crescimento e tranquilidade do gigante que a cada novo episódio perde o fôlego.

Sabe de uma coisa, acho que o melhor mesmo é entregar a situação desolada em que o país se encontra nas mãos do Chapolin Colorado, afinal temos que contar com sua astúcia uma vez que a situação está descontrolada e a salvação não tem porta de entrada, mas a única “saída” até agora tem sido o dinheiro do povo brasileiro.

Ops! Onde está o Chapolin Colorado? Quer saber? Nem Chapolin poderá intervir, não contamos com sua astúcia. Se houver outra solução que apareça, ou o gigante vai continuar engasgado...
http://www.correiodoestado.com.br/opiniao/sonia-puxiam-e-agora-quem-podera-intervir/289859/

https://www.linkedin.com/pulse/e-agora-quem-poder%C3%A1-intervir-publicado-jornal-do-jornalista-bpw?published=t

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Juros do cheque especial vai a 324,9% e do cartão de crédito atinge 480,3%

Consumidor que usa cheque especial paga 324,9% ao ano de juros
 Imagem de Arquivo/Agência Brasil

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em setembro. Segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (26), a taxa do cheque especial subiu 3,8 pontos percentuais, de agosto para setembro, quando chegou a 324,9% ao ano, estabelecendo novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994.
Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 37,9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.
Outra taxa de juros que voltou a registrar recorde foi a do rotativo do cartão de crédito. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.
Em setembro, na comparação com agosto, houve alta de 5,3 pontos percentuais, com a taxa em 480,3% ao ano, a maior da série iniciada em março de 2011. Neste ano, essa taxa já subiu 48,9 pontos percentuais.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,5 pontos percentuais e ficou em 154,7% ao ano.
Essas duas taxas – do cheque especial e do cartão de crédito – são as mais caras na pesquisa do Banco Central e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física (73,3% ao ano, em setembro). A alta em relação a agosto foi de 1,5 ponto percentual.

Juros do cartão de crédito são de 480,3% ao ano
A taxa do crédito pessoal subiu 2,8 pontos percentuais para 135,1% ao ano. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 29,3% ao ano, em relação a agosto.

Inadimplência estável
Os dados do BC também mostram que a inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em 6,2%, pelo quarto mês seguido.
A taxa de inadimplência das empresas também ficou inalterada em 5,5%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou em 29,8% ao ano, queda de 0,8 ponto percentual em relação a agosto.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas ficou estável em 10,4% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,4 ponto percentual para 12% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 2%, com alta de 0,2 ponto percentual e das empresas permaneceu em 1,3%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu 0,2% de agosto para setembro quando ficou R$ 3,109 trilhões. Em 12 meses encerrados, o saldo das operações de crédito caiu 1,7%.
O saldo correspondeu a 50,8% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), ante o percentual de 51,2% registrado em agosto deste ano.
Agência Brasil

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Dólar chega perto de R$ 3,12 e fecha no menor valor desde julho de 2015

                                     Arquivo/Agência Brasil                                             
  Depois de subir na sexta-feira (21), a moeda norte-americana teve forte queda e fechou no menor valor em quase 16 meses. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 3,121, com queda de R$ 0,04 (-1,26%). A cotação está no menor nível de fechamento desde 2 de julho do ano passado (R$ 3,096).
O dólar operou em queda durante toda a sessão. Nos minutos finais de negociação, chegou a ser vendido por R$ 3,12, mas estabilizou-se pouco acima desse valor. A divisa acumula queda de 4% em outubro e de 21% no ano. Como nas últimas sessões, o Banco Central vendeu hoje US$ 250 milhões em contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra de dólares no mercado futuro. A atuação, no entanto, foi insuficiente para conter a queda da divisa.
 
A cotação do dólar tem caído nos últimos dias com a proximidade do fim do prazo da regularização de ativos no exterior, também conhecida como repatriação. Até o dia 31, os brasileiros que mantêm legalmente bens e direitos no exterior podem declarar o patrimônio à Receita Federal pagando 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, em troca da anistia de crime de evasão de divisas. A medida está provocando a entrada de recursos no país, pressionando para baixo a cotação do dólar.

O dólar também caiu na véspera da votação, em segundo turno, da proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos (PEC 241). Hoje, a Câmara fez a quinta e última sessão para a contagem do prazo de intervalo entre os dois turnos.
No mercado de ações, o dia também foi de estabilidade. Depois de duas sessões seguidas de alta, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou esta segunda-feira com queda de 0,08%, aos 64.055 pontos.
 

sábado, 15 de outubro de 2016

Temer diz que governo quer evitar aumento de impostos

O presidente Michel Temer negou,  na Índia, aumento no valor da Cide, cobrada no preço dos combustíveis, ou qualquer outro tributo, que é possível com a aprovação da emenda constitucional que limita  os gastos públicos                                                           Beto Barata/PR


O presidente Michel Temer disse hoje (15), em Goa, na Índia, que o governo está “tentando evitar qualquer espécie de nova tributação”  e isso é possível em função da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos dos três poderes. Temer participa, neste fim de semana, na cidade indiana, da VIII Cúpula do BRICS, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em entrevista coletiva concedida após um almoço promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), durante a reunião do BRICS, Temer disse que não pretende aumentar a valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide no preço dos combustíveis. O aumento foi cogitado por especialistas da área econômica após a Petrobras anunciar ontem a redução do preço da gasolina e do diesel.

Temer disse que foi informado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, que a redução do valor cobrado pelo litro da gasolina e do óleo diesel está vinculado ao mercado internacional. Segundo o presidente, a cada mês ou a cada dois meses a estatal vai reavaliar os preços.

Saiba Mais

·                                 Temer: aproximação com a base permitiu aprovação da PEC do teto de gastos
"Não há nenhuma previsão, neste momento, para essa espécie de aumento. Alíás, quando nós pensamos no teto dos gastos públicos, nós pensamos exatamente na possibilidade de evitar qualquer tributação. Vocês verificaram que, durante um bom período, falou-se na CPMF, e a todo momento havia a história de que a CPMF viria. Estamos tentando evitar o quanto possível qualquer espécie de nova tributação”, afirmou Temer.

A Petrobras anunciou ontem a redução do preço da gasolina em 3,2% nas suas refinarias. Também haverá redução de 2,7% no preço do diesel. Os reajustes são reflexo de uma nova política de preços aprovada na quinta-feira (13) pela empresa.

A redução é para o combustível vendido no atacado para postos de gasolina. O impacto dessas reduções no bolso do consumidor dependerá das estratégias de cada posto. Mas, se o repasse da redução no preço na refinaria for feito integralmente para o preço ao consumidor, as reduções serão de 1,4% na gasolina e 1,8% no diesel.

Jantar
Na Índia, o presidente Michel Temer participou hoje de um jantar oferecido pelo primeiro ministro indiano, Narendra Modi, aos chefes de Estado que estão em Goa  para a reunião da VIII Cúpula do BRICSl.
No último evento previsto no primeiro dia de visita à Índia, Temer posou ao lado dos presidentes dos demais países do bloco, vestindo um colete típico daquele país. Também participam da cúpula os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.
Após participar da reunião dos BRICS, Temer seguirá para o Japão, em busca de acordos para p as oportunidades abertas pelo Plano de Parcerias de Investimentos, projeto de parcerias com empresas privadas para a concessão de obras de infraestrutura.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Presidente do BC diz que Brasil vive recessão mais severa da história

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o governo atual tem forte compromisso com reformas estruturais que garantam a sustentabilidade da dívida pública ao longo do tempo
  Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil está experimentando a recessão mais severa de sua história, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, no Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional, em Washington, nos Estados Unidos, iniciado ontem (6).
Goldfajn disse que, no último ano e meio, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país) caiu 7% e a taxa de desemprego chegou a 12%, depois de ter ficado em 6% em 2013. Ao mesmo tempo, a inflação atingiu 11% no final de 2015 e espera-se que termine 2016 levemente acima de 7%.
“Estes desenvolvimentos foram equivalentes a um choque de oferta, e os efeitos da desaceleração global foram ampliados pela adoção de políticas internas distorcidas. A economia brasileira sofreu uma crise de confiança gerada por problemas fiscais”, disse.
De acordo com Goldfajn, a deterioração nas contas públicas levou as expectativas para a dívida bruta a 80% - 90% do PIB. “Adicionalmente, eventos políticos e não econômicos agravaram a falta de confiança. Mais recentemente, a incerteza política diminuiu e o novo governo está avançando em uma agenda de política econômica ampla”, destacou.
Estratégia política
Goldfajn disse que o governo está seguindo uma estratégia política que já provou ser sucesso anos atrás, passada na responsabilidade fiscal, metas de inflação e regime cambial flutuante (com taxas de câmbio definidas no mercado).
O presidente do BC destacou que o governo atual tem forte compromisso com reformas estruturais que garantam a sustentabilidade da dívida pública ao longo do tempo. Ele citou a emenda constitucional que limita os gastos públicos, em análise pelo Congresso Nacional, e lembrou que o governo enviará uma proposta de reforma previdenciária aos parlamentares em breve.
“Além da política fiscal, a nova administração vai avançar em uma agenda ampla de reformas estruturais para aumentar a produtividade e o crescimento de longo prazo. A agenda inclui iniciativas para fomentar o investimento em infraestrutura, privatização e reforma trabalhista”, acrescentou.
Inflação
O presidente do Banco Central disse, ainda, que a evolução dos preços indica que está em curso um processo desinflacionário, mas ainda é incerta a velocidade da desinflação.
Ele reafirmou que o BC está comprometido a levar a inflação para a meta mantendo-a estável, o que ajudará na recuperação da confiança e do crescimento econômico. Goldfajn destacou que esse compromisso é para todo o período em que há meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, o que inclui 2017. No próximo ano, o propósito do BC é fazer a inflação convergir para o centro da meta de 4,5%.
Segundo Goldfajn, a economia tem mostrado sinais de estabilização depois de contrair por seis trimestres e a confiança em recuperação já cresceu.
Agência Brasil



Agências bancárias voltam a abrir nesta sexta com fim da greve

Bancários de volta ao trabalho nesta sexta-feira (7). Depois de mais de 30 dias parados, a greve mais longa desde 2004 foi encerrada em pelo menos 16 estados e no Distrito Federal. Apenas os bancários da Caixa decidiram manter a paralisação em três estados: Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. 

Agência Brasil

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

TESOURO SEM IGUAL - Publicado no jornal Correio do Estado

Comentou certa vez o discípulo, com o sábio: “Mestre, desde a minha infância eu orei a Deus pedindo sabedoria, e Ele me deu. Hoje, pergunto a Deus o que fazer com ela”. E o sábio perguntou: “Por quê?”. O discípulo respondeu: “Por onde quer que eu ande encontro grosseria, falta de educação, falta de respeito, maledicência. As pessoas perderam a noção do certo e errado, encontram sempre uma maneira de passar o outro pra trás... Isso me deixa indignado. Ao aplicar a minha sabedoria ela se perde em meio a isso tudo”.

O sábio respondeu: “Filho, a sabedoria é a mais alta aquisição que um ser humano pode ter. É um tesouro sem igual, de valor incalculável. Muitos a desejam, poucos a têm. Aplica sempre a sua sabedoria, pois ela te faz sentir-se mais valioso. Não importa quem a entenda ou não. A cada qual segundo o seu merecimento, e o seu é maior”. O discípulo alegrou-se.

 “Veja o sol”, prosseguiu o sábio. “Ele é soberano e nasce a cada dia, cumprindo a sua missão. Não importa que haja nuvens, elas estão sempre abaixo dele. O sol não se importa se alguém prefere chuva ou calor, ele cumpre o seu papel de aquecer e iluminar o planeta seguindo sua rota diária sem alterar qualquer movimento. Ele não se preocupa em agradar a todos, nem se esforça para descobrir o que é melhor para alguém insatisfeito, ele apenas segue sua rotina. Pense nisso e brilhe cada vez mais... Deixe as nuvens abaixo de você”, finalizou o sábio. O discípulo agradeceu e saiu da presença do mestre com a alma engrandecida e feliz.

O brilho pessoal é algo intransferível e admirado por muitos, mas algumas vezes ofusca e irrita quem está no escuro. Importante lembrar a mensagem do sábio referente ao brilho do sol, que brilha independente das nuvens.

Preste atenção em suas atitudes e ações. Nem sempre as coisas boas são valorizadas. É claro que isso não implica em deixar de lado o que é bom, mas valorizar quem está ao lado para receber o que você tem de bom. Muitas vezes desperdiçamos nossas qualidades em situações desfavoráveis. Valorize-se, dê o melhor de si pra quem é o melhor, só assim estarás evitando o desperdício.

E atenção: “Se você optar pelas coisas boas elas virão até você”. E é claro que é preciso ter sabedoria e discernimento para resolver os impasses do dia-a-dia. Mas resolver problemas nos deixa mais fortes e confiantes. Dedique algum tempo do seu dia para uma meditação audaciosa do que está te incomodando e entregue a solução do problema para o momento certo, o tempo vai agir. Quando você menos esperar a resposta virá ao seu encontro e como que num passe de mágica o que te incomodava vai perder força. 

A vida é um aprendizado onde muitas lições são colocadas ao seu dispor. Algumas fáceis de resolver, outras não. E de repente ela te coloca diante de uma prova de fogo... O que fazer? Bem, tem horas que as pessoas se assustam e pensam que não vão dar conta do recado. É importante seguir passo a passo as regras que a própria vida te impõe, levar em conta o lado bom do problema e solucionar com sabedoria.

A serenidade também é uma ferramenta importante, ela dá o devido suporte para saber contornar a situação com calma e buscar a solução adequada. Ao término do meu curso de II Grau recordo-me da rica mensagem deixada pela professora de Língua Portuguesa, no último dia de aula: “Lembrem-se sempre disso: É preciso ter serenidade para aceitar as coisas que não podem ser mudadas, coragem para mudar o que pode ser mudado e sabedoria para discernir um do outro”. Essa frase sempre me acompanhou!

 É preciso alimentar os pensamentos e a emoção com conteúdo saudável e forte para encarar as situações do dia-a-dia e as investidas que surgem de repente.  Especialize-se na sua força interior e na capacidade de construir suas próprias muralhas para impedir a entrada de nuvens. E continue a brilhar mais e mais. Pra finalizar a frase de Aristóteles: “O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz”. Tenham ótimos dias e muito brilho... UAU!
Publicado no jornal Correio do Estado 06.10.16

sábado, 1 de outubro de 2016

Horário de verão começa dia 16 de outubro no Sul, Sudeste e Centro-Oeste

Este ano o horário de verão vai até 19 de fevereiro                                   - Arquivo/Agência Brasil
Daqui a 15 dias começa o horário brasileiro de verão, e os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Neste ano, o horário diferenciado vai vigorar do dia 16 de outubro a 19 de fevereiro.
O objetivo da medida, adotada no Brasil desde 1931, é proporcionar uma economia de energia para o país, com menor consumo no horário de pico (entre as 18h e as 21h), pelo aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.
No ano passado, a adoção do horário de verão possibilitou uma economia de R$ 162 milhões, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A economia foi possível porque não foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o abastecimento do país nos horários de pico.

Essa redução representa cerca de 4,5% da demanda de ponta das três regiões e é equivalente a uma vez e meia a carga no horário de ponta de Brasília ou o dobro da carga no horário de ponta de Florianópolis.