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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Secretário-geral da ONU, Ban KI-moon disse na Rio+20 que esperava documento mais ambicioso

 Agência Brasil

Rio de Janeiro - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse no dia 20 de junho que esperava que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, tivesse um rascunho de documento final mais ambicioso. Ele acredita, no entanto, que ainda é possível que os chefes de Estado e de Governo que participam do evento, no Rio de Janeiro, “desempenhem seu papel de cidadãos globais e analisem as questões de maneira mais integrada e abrangente”.

“As negociações foram muito difíceis e lentas devido às ideias conflitantes, aos anseios e interesses próprios de cada país. Mas esse não é um fim, é apenas o início de muitos processos que estão por vir. São os líderes mundiais que podem decidir, eles que têm vontade política e precisam ir além dos interesses nacionais e de grupos específicos”, afirmou, durante entrevista coletiva, no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro.
Ainda segundo o secretário-geral da ONU, um dos legados mais duradouros da Rio+20 será seu potencial catalisador de mudanças globais. Ele fez um alerta aos líderes globais sobre a necessidade de agirem com urgência para mudar os rumos do planeta.
“Minha mensagem para os líderes globais é clara: o desenvolvimento sustentável chegou para ficar. Nossos recursos são escassos e o tempo está acabando. A natureza não negocia com seres humanos”, enfatizou.
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Divulgado no Twitter e Facebook da jornalista
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Ban Ki-moon elogia compromissos assumidos pela iniciativa privada e governos 
20/06/2012
Embora tenha avaliado como pouco ambicioso o documento que será assinado pelos líderes mundiais ao fim da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, elogiou os diversos compromissos que estão sendo assumidos pela iniciativa privada e pelos governos durante o encontro.


Dentre eles, Ban Ki-moon citou o investimento prometido por empresários, no valor de US$ 50 bilhões de dólares até 2030, em ações para garantir acesso à energia a mais de 1 bilhão de pessoas, duplicar a eficiência energética e dobrar a quantidade de fontes da energia renovável.
“Mais de 100 organizações estão expressando seu apoio às ações de energia sustentável para todos, e mais de 50 governos estão engajados nessa iniciativa e trabalhando para desenvolver planos e programas de energia. Isso mostra o poder das parcerias para transformações e mudanças. Os resultados dessa conferência representam muito mais do que um documento”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, em entrevista concedida hoje (20), no Riocentro, zona oeste do Rio.
Na manhã desta quarta-feira, oito bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram o compromisso de investir mais de US$ 175 bilhões, até 2020, para desenvolver meios sustentáveis de transporte em países em desenvolvimento. Mais 18 acordos na área de transporte sustentável e público foram acertados até o momento, de acordo com os organizadores da conferência.
De acordo com a ONU, centenas de compromissos para um futuro mais sustentável foram fechados durante o evento e serão anunciados na próxima sexta-feira (22), ao fim da conferência. Entre eles, 38 envolvendo o setor privado e 40 com a participação de universidades. (Agência Brasil)


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Representantes da sociedade civil se reúnem com secretário-geral da ONU e criticam documento final da Rio+20

Rio de Janeiro - Representantes da sociedade civil se reuniram hoje (22) com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e disseram estar decepcionados com os resultados da Rio+20. Segundo Sharan Burrow, secretária-geral da International Trade Union Confederation, instituição que representa 175 milhões de trabalhadores de mais de 150 países, o documento final da conferência não contempla os interesses das populações vulneráveis, não tem metas concretas, nem prazos de implementação.
“Queremos um modelo econômico diferente, um futuro sustentável e isso não aconteceu aqui. Nosso sentimento é de profunda tristeza e frustração. As pessoas sem emprego no mundo, por exemplo, não têm nenhuma garantia de melhora, de que os líderes globais vão trabalhar por soluções”, afirmou ela, que pretende iniciar uma mobilização internacional dos trabalhadores para pressionar seus governos e cobrar alternativas de desenvolvimento.

O diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, destacou a diferença entre os resultados da conferência das Nações Unidas e da Cúpula dos Povos, evento paralelo que reúne representantes da sociedade civil num contraponto ao encontro dos líderes globais. Ele defendeu que é preciso pensar e agir além dos interesses nacionais.
“Na Cúpula dos Povos você vê gente de todos os países, indígenas, religiosos, representantes de sindicatos, dos movimentos das mulheres, mas transcendemos a fixação pelo nacional, porque sabemos que não vamos resolver as coisas dessa forma. Ao contrário, os líderes mundiais estão obcecados pelos interesses nacionais, de curto prazo.”

Naidoo também criticou a ausência de negociações entre os chefes de Estado e de Governo durante a conferência. Segundo o diretor executivo do Greenpeace Internacional, eles vieram ao Rio para “posar para fotos e anunciar projetos” e aceitaram um texto produzido por “burocratas”.
“Eles ficaram aqui três dias e não gastaram nem uma hora negociando entre si. Usaram essa oportunidade para anunciar projetos e iniciativas e para tirar fotos. Entendemos as enormes dificuldades das negociações, mas eles tinham sobre a mesa um texto sem substância e deveriam ter trabalhado duro”, disse.
(Agência Brasil)