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terça-feira, 4 de outubro de 2011

PRESIDENTA DILMA NA BÉLGICA reitera que Brasil adotou providências para resistir a eventual agravamento da crise


Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


Presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Yves Leterme concedem declaração à imprensa após reunião bilateral em Bruxelas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (4/10) que o governo brasileiro está tomando todas as providências para diminuir o impacto de um eventual aprofundamento da crise econômica internacional. Na declaração à imprensa, após reunião com o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, em Bruxelas, a presidenta alertou que ajustes fiscais recessivos podem levar a um processo de estagnação econômica, como o vivido pelos países da América Latina nos anos 80 e 90. Para sair da crise, segundo a presidenta Dilma, é preciso aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia.

“O Brasil faz parte de uma região do mundo que, nos anos 1980 e 1990, sofreram um processo de estagnação econômica, de perdas bastante significativas em todas as áreas, um processo que se inicia nos anos 1980 que se chamou crise da dívida latino-americana. Destaquei que a nossa experiencia demonstra que ajustes fiscais extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação, de perda de oportunidades e desemprego. Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia”, disse a presidenta.

Dilma agradeceu o primeiro-ministro da Bélgica pelo apoio à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e à aspiração brasileira a um assento permanente, e reiterou o convite para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que será realizada em 2012 no Rio de Janeiro. A presidenta lembrou que o Brasil, de forma voluntária, definiu em lei a redução das suas emissões de gás até 2020.

“A Rio + 20 é um momento especial para que os povos olhem para frente, discutam seu desenvolvimento com cada vez mais inclusão social e respeito ao meio ambiente.”

A presidenta afirmou que é desejo do governo brasileiro estreitar as relações com a Bélgica. Assim, os dois países poderão adotar mecanismos de cooperação para o tratamento de dejetos nucleares e discutir uma maior participação das empresas belgas nos projetos brasileiros de ciência, tecnologia e inovação.

Na declaração à imprensa, a presidenta Dilma ressaltou ainda a parceria firmada entre o governo brasileiro e a iniciativa privada para conceder bolsas de estudo para alunos brasileiros nas universidades europeias. Segundo Dilma Rousseff, 75 mil estudantes devem participar do programa Ciência sem Fronteira para cursar Engenharia, Matemática, Física e Química.

Cultura – A presidenta Dilma Rousseff destacou a realização do Festival Europalia, que, na edição deste ano, homenageia o Brasil. Para presidenta, que participará da abertura do evento, as relações entre o Brasil e os países da União Europeia devem superar as questões econômicas.

“Esta visita coincide com a abertura da Europalia, tendo o Brasil como tema central, e isso é muito importante para esse relacionamento, baseado não só nos agentes econômicos, nas parcerias estratégicas na área de ciência e tecnologia, mas também na cultura que representa a alma dos povos. Eu acredito que esse momento do Festival Europalia coincide também com um momento importante para o Brasil, que mantém crescimento econômico com processo de inclusão social.”

A presidenta Dilma participa às 20h (15h em Brasília) de jantar oferecido pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
(Blog do Planalto)