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terça-feira, 30 de julho de 2013

"Na porta de minha casa, não", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral

Cabral disse que a passagem do papa Francisco pelo Brasil, especialmente pelo Rio de Janeiro, onde ficou sete dias, lhe provocou uma grande mudança. “Eu sou cristão. E me tocou muito a vinda do papa, como governador e como ser humano. A figura do papa me tocou. Certamente eu estava precisando muito de uma dose de humildade. E eu jamais terei vergonha de fazer autocríticas e reconhecer erros. No episódio do Júlio de Lamare]eu errei em não ouvir, por isso estou voltando atrás”, disse Cabral, em uma entrevista à imprensa que durou aproximadamente 45 minutos, uma das mais longas que ele concedeu nos últimos meses.
O governador ressaltou que a decisão de preservar o Júlio de Lamare está tomada e já foi comunicada ao consórcio vencedor da licitação, formado pelas empresas IMX, de Eike Batista, da construtora Odebrecht, e do grupo internacional AEG, especializado na administração de arenas esportivas. Cabral disse que os R$ 30 milhões que o consórcio usaria para demolir e reconstruir o parque aquático serão repactuados no contrato.
O consórcio foi procurado pela Agência Brasil e informou, por meio da assessoria, que só iria se pronunciar quando fosse notificado oficialmente. Sobre o Estádio de Atletismo Célio de Barros, ele explicou que não há solução técnica para tornar a arena de nível olímpico e que ela terá de ser reconstruída em um terreno próximo, em uma área que pertencia ao Exército.
O governador comentou sobre as manifestações de rua feitas majoritariamente por jovens e declarou que deseja abrir um novo e permanente canal de diálogo. Fez inclusive um apelo aos manifestantes que frequentemente fazem protestos na rua onde mora, no Leblon. “Eu queria fazer um apelo aos manifestantes. Na porta da minha casa, eu tenho crianças pequenas. É o meu filho de 6 anos, é o meu filho de 11 anos. É um apelo de pai. Eu não sou um ditador. Estou aberto ao diálogo, às manifestações. Mas na porta de minha casa, não. Peço de coração, como pai”, disse. Desde ontem (28), um grupo de manifestantes está acampado perto da residência do governador.
Agência Brasil


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa desembarca em Roma e diz que alegria é maior do que o cansaço

O papa Francisco desembarcou no Aeroporto de Roma Ciampino, na Itália, hoje (29) às 11h25 (horário local) depois de participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Após a chegada, ele deixou a seguinte mensagem em sua conta no Twitter (@pontifex): “Estou de retorno para casa e lhes asseguro que a minha alegria é muito maior que o meu cansaço!” Ontem, o pontífice também publicou uma mensagem de agradecimento pelo Twitter aos brasileiros: “Agradeço profundamente a todos aqueles que trabalharam para o sucesso da JMJ e abraço vocês todos, os participantes”, disse. O encontro terminou ontem (28), com uma missa em Copacabana.

 No discurso de despedida ontem à noite, o papa disse que deixava o país com saudades de tudo o que viveu durante sete dias. “Dentro de alguns instantes, deixarei sua pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes, essas – estou certo – tornar-se-ão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, deste povo tão grande e de grande coração, deste povo tão amoroso”, comentou o pontífice, que terminou seu discurso dizendo “até breve”, em uma confirmação de que pretende voltar ao país em 2017.

sábado, 27 de julho de 2013

Momento exige diálogo, diz papa Francisco sobre manifestações

Tânia Rêgo/ABr

 O papa Francisco disse hoje (27), em seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que o momento exige diálogo construtivo, ao se referir às manifestações que ocorrem desde junho em praticamente todas as cidades do país. "Entre a indiferença egoísta e os protestos violentos sempre há uma opção possível: o diálogo, o diálogo entre as gerações, o diálogo entre o povo e todos somos povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce quando suas diversas riquezas culturais dialogam de maneira construtiva." Ele ressaltou, em espanhol, que é fundamental nesse diálogo a contribuição das grandes tradições religiosas. “A coexistência pacífica entre as diferentes religiões se beneficia da laicidade do Estado, que sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença da dimensão religiosa na sociedade, favorecendo suas expressões mais concretas."

 Ao reforçar a defesa do diálogo, o papa Francisco destacou a cultura da humanidade social. "O outro sempre tem algo a me dar, quando sabemos nos aproximar dele, com a atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Essa atitude eu a definiria como humildade social, que é a que favorece o diálogo. Ou apostamos na cultura do diálogo ou todos perdemos."

 Após o discurso, aplaudido de pé pelos mais de 2 mil convidados, o papa Francisco recebeu cumprimentos e presentes de líderes comunitários e representantes dos vários segmentos da sociedade. A cerimônia terminou com a execução da música tema e do hino da JMJ e com o hino oficial da Cidade do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa. De lá, Francisco seguiu em carro fechado para o Centro de Estudos do Sumaré, onde almoça com cardeais do Brasil, a presidência da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e sua comitiva.
Agência Brasil

Papa Francisco participa da vigília com peregrinos em Copacabana

Fernando Frazão/Agência Brasil
A pregação do papa Francisco na Vigilia de Oração, em Copacabana, teve como ponto central a convocação aos jovens para que assumam o papel de “protagonistas” no processo de reconstrução da Igreja e na luta por um mundo melhor e mais fraterno. “Vocês são os construtores de um mundo melhor”, disse Francisco aos milhares de jovens de vários países que se aglomeram desde cedo na Praia de Copacabana. O pontífice destacou que tem acompanhado as notícias, em todo o mundo, de jovens que saem às ruas para pedir uma sociedade mais fraterna e mais justa. “Vocês são os jovens que têm nas mãos a tarefa de serem os protagonistas da mudança. Não permitam que outras pessoas assumam essa tarefa”, pregou Francisco aos jovens.


O papa pediu aos jovens que perguntassem para si próprios “por onde começar” esse processo de mudança. Francisco conclamou aos presentes que não se esqueçam que “são o campo de fé, os atletas de Cristo, os construtores de uma Igreja cada vez melhor”. Em um recado direto aos presentes na Praia da Copacabana, o papa destacou que “nunca esses rapazes estarão sozinhos”. Ele acrescentou, na sua pregação, que, em conjunto, [os jovens] fizeram como São Francisco de Assis fez, construíram a Igreja. “Nos tornamos protagonistas da história. Não fiquem para trás jovens, sempre no ataque, na linha de frente”, conclamou o pontífice. No sermão, Francisco destacou, ainda, que São Pedro disse que as pessoas são como “pedras vivas” no processo de construção da Igreja. Ele acrescentou que Jesus pede que, cada um, ajude no processo de edificação da Igreja. “Ide e fazei discípulos em todas as nações. Quero me tornar um construtor da Casa de Cristo. Quero que pensem nisso”, pediu o papa.

 Francisco usou o fechamento do Campus Fidei (Campo da Fé) para fazer uma comparação e dizer aos jovens que são eles o verdadeiro campo da fé, ideia que foi explorada em três dimensões: o campo como um lugar para semear, para treinar e para construir. Ao falar de como semear, o papa pediu que os jovens não sejam cristãos pela metade, nem cristãos de fachada: "Sei que não querem ser cristãos de fachada, cristãos que levantam o nariz e nada fazem. Sei que querem ser cristãos autênticos". Quando mencionou o campo como local de treinamento, Francisco comparou o cristão a um jogador de futebol e disse que há três formas de treinar: a oração, o sacramento e a ajuda ao próximo. "Jesus nos oferece uma coisa maior que uma copa do mundo, oferece uma vida fecunda, uma vida feliz. E não pede que paguemos entrada. A entrada é que entejamos em forma".


Foi na hora de falar da construção que o papa mencionou o protagonismo e os protestos, parte que encerrou lembrando Madre Teresa de Calcutá: "Uma vez perguntaram a Madre Teresa por onde deveriam começar a mudança na Igreja, e ela disse: Por mim e por você. Tinha garra essa mulher e sabia por onde começar. Comecemos por mim e por vocês. E se tenho que começar por mim, por onde começo? Cada um abra seu coração para que Jesus lhe diga", disse o papa, que concluiu: "vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor". Apenas as primeiras palavras e as últimas frases do discurso foram pronunciadas em português, já que a opção do papa foi por falar em espanhol.

Com muitos gestos e expressões faciais para passar sua mensagem, o pontífice pediu em alguns momentos que os jovens fechassem os olhos e, em outros, que repetissem suas palavras, que foram muito aplaudidas e comemoradas com o grito que já se tornou símbolo da JMJ: "Esta es la juventud del papa".
Agência Brasil

terça-feira, 23 de julho de 2013

TERREMOTO NA CHINA JÁ MATOU 94 PESSOAS

Lanhou - Subiu para 94 o número de mortos em decorrência do terremoto de 6,6 graus de magnitude que atingiu a província de Gansu, no noroeste da China, na manhã de segunda-feira (22). O tremor, que atingiu os condados de Minxian e Zhangxian, deixou mais de mil feridos. Uma pessoa continua desaparecida.

 Segundo levantamento do governo, o tremor destruiu 51.800 casas e danificou outras 240 mil residências. As autoridades locais realocaram 226.700 pessoas. O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, manifestou suas condolências às vítimas do terremoto, em evento na Missão Permanente da China na ONU, na noite de segunda-feira. “Nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas e com os feridos”, disse Ban Ki-moon.
  Agência Brasil

terça-feira, 9 de julho de 2013

"BRASIL NÃO CONCORDA com interferência nas comunicações", disse a presidenta Dilma


ABr
“A posição do Brasil nessa questão é muito clara e muito firme: não concordamos com interferências dessa ordem no Brasil e em qualquer outro país”, disse a presidenta, em rápida entrevista, após o lançamento do Programa Mais Médicos, no Palácio doPlanalto. De acordo com a reportagem, publicada ontem (8) que as comunicações do Brasil estavam entre os focos prioritários de monitoramento pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), segundo documentos divulgados pelo ex-agente norte-americano Edward Snowden.

Os dados eram monitorados por meio de um programa de vigilância eletrônica altamente secreto chamado Prism. Segundo Dilma, o Brasil encaminhou um pedido de explicações ao governo norte-americano e vai pedir à União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra, na Suíça, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. “Ao mesmo tempo, vamos apresentar uma proposta à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que um dos preceitos fundamentais é a garantia da liberdade de expressão, mas é também a garantia de direitos individuais, principalmente o direito à privacidade, que aliás, é garantido na nossa Constituição”, acrescentou.

 A presidenta também citou a necessidade de mudanças na legislação brasileira que regulamenta a internet. Depois da denúncia do monitoramento norte-americano, o governo decidiu pedir agilidade ao Congresso Nacional para aprovar o Projeto de Lei do Marco Civil da Internet. “Vamos dar uma revisada no Marco Civil da Internet, porque achamos que uma das questões que devem ser observadas é a do armazenamento dos dados. Muitas vezes, os dados são armazenados fora do Brasil, principalmente os dados do Google. Queremos prever a obrigatoriedade de armazenagem de dados de brasileiros no Brasil”, adiantou.

Mais cedo, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, disse que as notícias publicadas sobre o monitoramento de informações de brasileiros pelo governo norte-americano apresentaram uma imagem “que não é correta” do programa de inteligência dos Estados Unidos. Shannon reuniu-se, na tarde de hoje, com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para discutir o assunto e disse que o governo americano está “contestando as preocupações do governo do Brasil”. O embaixador norte-americano também esteve com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), ministro José Elito. A audiência, pedida pelo embaixador, durou cerca de 20 minutos. Shannon deixou o Palácio do Planalto sem falar com a imprensa.
Agência Brasil

sábado, 6 de julho de 2013

Presidente do Senado Renan Calheiros vai devolver 32 mil por uso de avião da FAB

ABr
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recuou e disse na sexta (5) que vai devolver o dinheiro equivalente ao custo pela utilização de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no último dia 15 de junho. Segundo reportagem do jornalFolha de S.Paulo, o senador usou a aeronave para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso (BA). Na quinta-feira (4), Renan respondeu, ao ser perguntado por jornalistas, que não devolveria o valor correspondente às passagens, já que havia usado o avião para cumprir compromisso como presidente do Senado.

 De acordo com nota divulgada pela presidência do Senado sexta 5), “o senador está recolhendo aos cofres públicos os valores – R$ 32 mil - relativos ao uso da aeronave em 15 de junho entre as cidades de Maceió, Porto Seguro e Brasília”. Ainda conforme o documento, o Senado" é o único órgão a ter um Conselho de Transparência com representantes da sociedade civil “que não deixam dúvidas quanto aos propósitos da Casa de ser referência em controle social”. A nota diz que Renan Calheiros vai consultar o conselho sobre o uso de aeronave da FAB para cargos de representação.
Agência Brasil