CAMPO GRANDE EM RITMO DE CRESCIMENTO
Cerca de 190 mil moradores de Campo Grande serão beneficiadas por obras que serão executadas pela prefeitura, pelo Governo do Estado, com aplicação de recursos liberados pelo Governo Federal. No final da manhã e início da tarde da terça-feira do dia 18 de março, em solenidade realizada na Vila Popular, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Nelson Trad Filho assinaram contratos e ordens de serviços do Programa de Aceleração do Crescimento que, juntos, somam cerca de R$ 121 milhões.
“Esta aliança vale a pena porque traz resultados, principalmente para os mais pobres. O impacto social é imediato, preenche vazios urbanos, gera emprego e renda para milhares de trabalhadores e torna os espaços urbanizados e humanizados”. Com estas palavras, Nelsinho Trad dimensionou o alcance das obras executadas por intermédio do PAC na Capital. O prefeito deu uma explicação para este fato: “esta é uma parceria que está acima dos partidos e das pessoas”.
Nos discursos de Trad Filho, André Puccinelli e Lula houve consenso quanto à necessidade de, cada vez mais, os agentes políticos, sobretudo os que ocupam cargo no executivo, colocarem os interesses públicos acima das questões ideológico-partidárias. Na opinião do prefeito, em Campo Grande há uma aliança profícua entre a prefeitura e o Governo Federal porque os interesses coletivos são priorizados. Neste aspecto, Nelsinho destacou o papel dos técnicos da Caixa Econômica Federal na inclusão de obras que propiciam o desenvolvimento da Capital e do Estado.
Nelsinho fez um breve balanço, para o presidente, ministros e outros representantes do Governo Federal presentes ao ato, sobre a situação em que viviam 850 famílias às margens dos córregos Imbirussu e Serradinho, região que passou e passa por profundas intervenções que já estão mudando o seu perfil social. O prefeito apenas reforçou as palavras de Elda Ardaia, que emocionou o público ao relatar o drama vivido por centenas de famílias, a cada chuva forte. “Esta solenidade faz renascer em nossos corações a esperança de dias melhores para todos nós, campo-grandenses”, considerou Elda ao destacar a atuação da primeira dama, Antonieta Trad, nos momentos difíceis enfrentados pelos moradores daquela região.
O governador André Puccinelli informou ao presidente e comitiva que, ao assumir a Prefeitura de Campo Grande, em 1997, a cidade tinha cerca de 10 mil famílias morando em habitações precárias, a maioria delas nas proximidades de córregos. “As últimas retiradas desta situação são as do Imbirussu e Serradinho”, destacou ao reafirmar que a cidade será a primeira capital do país a pôr fim às favelas. Para quem ainda estranha o entrosamento entre PT e PMDB, Puccinelli deu um recado: “quem chega do poder executivo tem que atender a todos, tem obrigações para com toda a população”.
O ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, coordenadora nacional do PAC, disse que só foi possível chegar ao ponto em que o programa está atualmente porque, o país se preparou antecipadamente. “Tivemos que garantir que o país não tivesse inflação, não ficasse vulnerável às crises internacionais “, exemplificou. Para Dilma, o PAC representa um novo processo de desenvolvimento, atingindo regiões do país e camadas da população que não recebiam esta atenção em décadas passadas. Quanto às parcerias, a ministra foi enfática: “elas são fundamentais para que o PAC ocorra, sem elas o Governo Federal não conseguiria esse grande desafio de elevar a qualidade de vida da população”.
As obras - Segundo o prefeito, os investimentos vão beneficiar 25% da população de Campo Grande. “O saneamento e a drenagem do Córrego Lagoa e Segredo, bem como o saneamento da Vila Popular, vai trazer melhoria de vida para cerca de 190 mil pessoas que vivem no entorno das regiões” afirmou Nelsinho. O projeto vai atingir 11 bairros e vilas da região do Segredo. Serão investidos, somente neste local, R$ 31,1 milhões para a implantação de 36.091 metros de redes de drenagem e captação de águas pluviais e pavimentação asfáltica de 374 mil m² de ruas e avenidas.
O Saneamento Integrado e Urbanização do Fundo de Vale do Córrego Lagoa é um conjunto de obras de infra-estrutura urbana e habitacional. A principal delas é uma avenida de pista dupla, marginal ao córrego, com 10,5 km de extensão, iniciando na avenida Duque de Caxias (proximidades do CMO) e terminando no anel rodoviário, na saída para Sidrolândia. A primeira etapa don trecho, cuja oordem de serviço foi assinada durante a solenidade de hoje, terá 4,6 km de extensão e custará R$ 16,9 milhões.
O contrato do Saneamento para Todos – urbanização de Favelas da região do Córrego Lagoa prevê investimentos superiores a R$ 31 milhões em pavimentação asfáltica (mais de 109 mil m²), drenagem de águas pluviais (8.470 m²), construção de 202 moradias e aquisição e desapropriação de terrenos entre outras ações.
“O PAC é o mais bem elaborado programa de desenvolvimento desse país”, enfatizou o presidente Lula durante a solenidade. Segundo ele, “o Brasil estava desacostumado de viver bons momentos”. Indiferente às críticas, Lula disse que, quando assina contratos como aconteceu em Campo Grande, não pergunta de que partido é o prefeito. “O que nós queremos saber é se o povo precisa daquela obra e se ela é prioritária. Se o projeto é bom, nós vamos encontrar o dinheiro para executa-lo”, assegurou Luiz Inácio Lula da Silva.
Assistida por milhares de pessoas, entre políticos, líderes comunitários e moradores da região da Vila Popular, a solenidade teve momentos de homenagem. Como a que foi prestada ao presidente Lula. ele recebeu das mãos do vereador Marcos Alex (PT), do presidente da Cãmara, Edil Albuquerque e do prefeito Nelsinho Trad o título de cidadão honorário de Campo Grande. Também não faltou momento de descontração. Quebrando protocolo e o tom solene do evento, o prefeito presenteou Lula com o rádio portátil. "A gente sabe que nem sempre os jogos da segunda divisão são transmitidos pela TV e, assim, o presidente pode ouvir os jogos do Corinthians", brincou Nelsinho. A comitiva do presidente também teve a presença do ministro das Cidades, Márcio Fortes.
Fonte: Mônica Ferreira
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