O renomado artista, pioneiro na utilização dos meios de comunicação de massa, decidiu apresentar uma performance diferente na Bienal de1973 e levou às ruas do centro de São Paulo pessoas carregando cartazes em branco. Essa ação atraiu grande número de pessoas e culminou com a detenção de Fred, que acabou revelando-se um manifesto contra o governo militar.
Por $ônia Puxian
Em comemoração ao “Ano da França no Brasil” chega à São Paulo, Fred Forest, um dos principais artistas na História das novas mídias nas artes. Dono de uma visão contemporânea e inovadora ele utiliza-se de diversas ferramentas: vídeo, telefone, rádio, robótica, computador, o que o tornou conhecido por suas ações realizadas na Bienal em 1973 e lhe renderam um prêmio de comunicação e uma prisão pelo regime militar estabelecido na época. Suas idéias arrojadas e corajosas levaram o público a interagir durante a Exposição expondo suas idéias livremente através de telefones instalados no local.
Através do esforço e dedicação incansáveis da artista plástica Vivian Puxian foi possível a vinda de Fred Forest ao Brasil. Durante quatro meses ela fez contatos, organizou agendas e alcançou seus objetivos com sucesso.
A Galeria do Instituto de Artes da UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho inaugurou seu espaço para receber Fred Forest e apresentar sua obra intitulada “Biennale 3000” e oito painéis históricos contando sua trajetória no mundo das artes. Em conversa com a imprensa, acadêmicos de Artes Visuais e convidados especiais, Fred explicou a finalidade de sua criação e contou em detalhes sua conturbada participação na Bienal de São Paulo e demais acontecimentos. Para a curadora Vivian Puxian a presença numerosa dos convidados especiais compensou todo seu esforço e traduziu com sucesso seu empenho na realização dessa exposição, que marcou o início de uma nova era para a Galeria de Artes, que abriu as portas pela primeira vez no novo prédio.
Fred Forest sempre defendeu a democracia e popularização da arte e, como conseqüência, lançou em meio a uma grande polêmica, em 2006, a 1ª versão da “Biennale 3000” http://www.biennale3000saopaulo.org, um espaço aberto através da Internet, onde qualquer pessoa pode ter o seu trabalho publicado e divulgado, seja em vídeo, música, imagens, textos ou filmes. Dessa maneira é possível a participação democrática de todos em uma Bienal, sem a aprovação de trabalhos, obras, curadores e outras exigências. O site foi desenvolvido e elaborado por Gustave Bernier e Rene Perol.
O artista participou ainda de vários eventos em comemoração ao Ano da França no Brasil:
· “Le Centre Experimental du territoire et laboratoire social” no Second Life”, no MAC – Museu de Arte Contemporânea do Ibirapuera; um jogo onde o internauta cria seu personagem, um duplo de si e interage com outros do grupo;
· “Os Estados de Alma do Ego Cyberstar” no Second Life, na Escola de Comunicação da Universidade de São Paulo, ECA-USP;
· “As Digressões do Ego Cyberstar” no Second Life, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre;
· “As Lamentações e as esperanças de Ego Cyberstar”, na Universidade de Brasília.
Colaboraram para a realização do evento:
· Consulado Geral da França;
· Curadoria: Vivian Puxian;
· Milton Sogabe, presidente da Comissão de Exposições do Instituto de Artes da UNESP;
· Tradutora: Priscila Junglos;
· Colaboração: Fábio Oliveira Nunes, Soraya Braz e Marilene Batistussi.
A exposição inaugurada em 29 de abril fica aberta ao público até o dia 16 de maio na UNESP, Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 – Barra Funda.
Saiba mais sobre o assunto, acesse:
http://www.unesp.br/int_noticia_2imgs.php?artigo=4209
http://www.webnetmuseum.org/php/pt/php-news_pt/show_newspt.php
http://www.webnetmuseum.org/html/en/expo-retr-fredforest/actions/73_b_en.htm#text
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